terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Família: O projeto principal de Deus

(Gn 2:7-8)Formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado”.

(Gn. 2:21-24) "Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”.

INTRODUÇÃO

Embora encontremos teólogos por aí dizendo que Adão e Eva nunca existiram e que o jardim do Éden é simplesmente uma lenda. O fato é que, de todas as coisas que Deus criou, a obra prima de sua criação foi o homem, feito do pó da terra e a mulher, posteriormente de uma de suas costelas.
Na verdade, até mesmo a Trindade estava presente na criação de todas as coisas, inclusive a do homem. O Pai, o Filho e o Espírito Santo deram a sua contribuição para que a sua obra fosse de fato, a imagem e semelhança de Deus. Ao projetar o primeiro homem do pó da terra e soprando-lhe o em suas narinas o fôlego de vida trazendo-o a existência, Deus em nenhum momento quis transformá-lo em um robô. Este homem chega ao mundo totalmente livre, para receber informações, adequá-las ao seu projeto de vida e conseqüentemente efetivar-se ao nível de deveres e direitos que passaria a ter, visto que a lei de Deus já estava gravada em seu coração. 
Deus então prepara um lugar paradisíaco, um Jardim no Éden, para que Adão cuidasse dele. Este lugar não era um lugar imaginário e nem alegórico. Tratava-se de um tipo de reserva, um lugar separado, uma área semelhante a um parque florestal localizado a leste do atual estado de Israel em algum lugar da Mesopotâmia ou Arábia. Nesta verdejante reserva natural se encontravam as duas árvores que são fundamentais para tudo que se segue em toda a história da humanidade. Estas árvores eram meios físicos, utilizados por Deus para implementar realidades espirituais.
A árvore da vida - era uma árvore associada à concessão da Vida Divina incluindo a imortalidade, ou Vida Eterna. Já, a árvore da ciência do bem e do mal - representava a autonomia humana, governo próprio, o ir e vir ilimitado e irrestrito.5

O poder do diálogo no matrimônio - "Dever de Sentar-se"


Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama.

A última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in Veritate”, de 29 de junho de 2009, apresenta uma proposta de vida, na qual as pessoas devem viver a verdade. Esta verdade deverá ser procurada, expressa e encontrada na caridade; e toda caridade precisa ser compreendida, avaliada e praticada à luz da verdade. O Papa usa a expressão “ágape” para falar de caridade e “logos” para dizer da verdade. E afirma que da verdade (logos) sai a palavra dia-logos: diálogo, comunicação, comunhão. A comunhão é fruto do diálogo.
No matrimônio, o diálogo entre os cônjuges é a fonte para que o amor se alimente, cresça e frutifique em obras na própria vida do casal e também frutos de transformação da sociedade. A base do diálogo é e será sempre a verdade, mas a forma de se dizer a verdade precisa ser a caridade, com respeito à outra pessoa. Vemos muitos casais em crises conjugais por causa da falta de diálogo, por não expressarem livremente a sua opinião, causando sempre a depressão no outro, que se sente sufocado por viver a partir da verdade do cônjuge, sem poder se dizer. Eu diria até sem ser valorizado como pessoa. Por isso, o diálogo é fundamental no matrimônio.

O que seria, então, o diálogo? Arrisco afirmar que a base é a escuta; não o falar. Para se aprender a dialogar com os outros é preciso aprender a ouvi-lo sem qualquer preconceito, sem querer corrigi-lo ou interferir em sua fala. Toda pessoa precisa ser ouvida, precisa ter alguém que a escute e dê atenção às suas aspirações, sofrimentos, anseios diários... Enfim, todos precisamos que alguém nos acolha com amor e nos escute por um momento do dia. Acho este o ponto essencial no diálogo: um fala e o outro escuta, depois o outro fala e o primeiro escuta. O fruto do diálogo deverá ser o consenso, uma opinião comum.

Quando tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se comunicando com quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então, interpretou a sua fala de forma errônea, distorcendo aquilo que ouviu e reagindo de forma agressiva ou indeferente.

O centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo. Nele podemos encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a importância do casal rezar juntos. Quem reza junto consegue conversar e dialogar de forma madura, com respeito.Podemos até discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa.Separe e preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor.

A verdade dita sem amor torna-se agressiva e não produz o efeito de ajuda para a melhora do outro. Se aprendermos a viver o diálogo pela verdade, mas ajustado ao amor de Deus, poderemos ser mais felizes no nosso matrimônio. Leia a Encíclica do Papa Bento XVI.

Deus o abençoe!

Diácono Paulo Lourenço
Quando tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se comunicando com quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então, interpretou a sua fala de forma errônea, distorcendo aquilo que ouviu e reagindo de forma agressiva ou indeferente.

O centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo. Nele podemos encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a importância do casal rezar juntos. Quem reza junto consegue conversar e dialogar de forma madura, com respeito.Podemos até discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa.Separe e preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor.

A verdade dita sem amor torna-se agressiva e não produz o efeito de ajuda para a melhora do outro. Se aprendermos a viver o diálogo pela verdade, mas ajustado ao amor de Deus, poderemos ser mais felizes no nosso matrimônio. Leia a Encíclica do Papa Bento XVI.

Deus o abençoe!

Diácono Paulo Lourenço

Por que São Paulo se converteu?

Cidade do Vaticano (RV) - No dia 25 de janeiro, celebra-se a conversão de São Paulo. Nascido em Tarso, na Cilícia, por volta do ano 10, era um autêntico defensor do Judaísmo, e de perseguidor, tornou-se o maior anunciador do Cristianismo. Como se deu esta conversão?
Quem responde é o Padre José Bizon, mestre em Ecumenismo pela Pontifícia Universidade Santo Tomás, de Roma; ex-assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo, atualmente cônego da Arquidiocese e diretor da Casa da Reconciliação, em São Paulo.
 
“Ele foi tocado pela ação do Espírito Santo, ele conheceu através dos escritos, do testemunho de outras pessoas que falavam do Jesus de Nazaré. Ele que era fiel à lei, achava que deveria dar esta continuidade, mas através do testemunho também de outros apóstolos das primeiras comunidades, dos primeiros cristãos, ele também se sente tocado pelo próprio Jesus de Nazaré e de perseguidor passa a ser o anunciador e depois será também perseguido. Portanto, ele foi capaz de ouvir a mensagem; ele estava aberto ao testemunho de outras pessoas e deixou-se tocar também pela ação do Espírito Santo. A partir daí ele passou a ser o grande anunciador do Reino de Deus; passou a ser o grande anunciador de Jesus Cristo e da Boa Nova a todos os povos. Celebrar a festa do Apóstolo Paulo no encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos cristãos no hemisfério Norte e ter também a Palavra de Deus no centro, que é fonte e alimento da espiritualidade ecumênica, a exemplo do próprio Apóstolo Paulo”.
Sua conversão ocorreu de modo inesperado a caminho de Damasco, quando liderava uma perseguição contra os cristãos daquela cidade. Jesus Ressuscitado apareceu-lhe e o derrubou do cavalo, transformando-o de cruel perseguidor dos cristãos em ardoroso apóstolo dos gentios. Qual o significado desta simbologia?
“Eu gosto desta metáfora, desta figura que o Apostolo Paulo caiu do cavalo. No Brasil, temos um modo de dizer, popular, que é ‘cair do cavalo’ quando temos uma idéia, ou quer fazer alguma coisa que é do nosso modo, sem pensar nos outros, e de repente, a gente caiu do cavalo. Assim foi o Apostolo Paulo. Creio que a sua queda é muito figurativa: ele caiu por terra e renasceu de novo. Caiu mas se levantou numa nova perspectiva, então, portanto, ele foi derrubado de toda a perseguição, o ideal um tanto quando ‘fanático’ que ele tinha em questão da lei e se deixa tocar pelo próprio Jesus. Portanto, ele caiu por terra como o ressuscitado e levanta para uma vida nova, para uma conversão, e começa a levar a mensagem a todos os povos. Quem de nós nunca caiu do cavalo diante de um projeto pessoal, pensando apenas em nós mesmos? Assim como nós caímos do cavalo algumas vezes, o Apóstolo Paulo caiu e acordou para o novo projeto, que era uma coisa mais ampla do que aquele seu pensamento radical e – digamos – fundamentalista. Aquela perseguição só causaria destruição. Ao se levantar, encontra Ananias e vai se abrir para uma nova realidade”.
(CM) 


De: news.va

Tragédia de Santa Maria - RS : solidariedade da Igreja e da ONU


Santa Maria (RV) - Foram confirmadas as mortes de mais três vítimas do incêndio de Santa Maria. Com isso, o número de mortos na tragédia chega a 234.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, há mais de cem feridos, sendo a maioria hospitalizada na cidade. Outros foram transferidos para Porto Alegre.
De acordo com o comando da Brigada Militar, a danceteria estava com o plano de prevenção de incêndios vencido desde agosto de 2012. O Ministério Público está analisando a possibilidade de pedir prisão dos donos da boate, de integrantes da banda “Gurizada Fandangueira” e de outros envolvidos no episódio.
Uma das hipóteses para o começo do incêndio é de que um dos integrantes da banda tenha usado uma espécie de sinalizador, que pode ter causado faíscas e dado início ao fogo. A banda também costuma se apresentar usando efeito pirotécnico conhecido como sputnik. As duas situações são proibidas em locais fechados.
O Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, publicou no final da tarde de domingo, 27, uma "Nota de pesar e solidariedade".
No documento, que será encaminhado ao clero de São Paulo esta segunda-feira, 28, o Arcebispo recomenda a todos os padres de sua Arquidiocese que celebrem missas em intenção das vítimas do incêndio, bem como pelos feridos e pelos familiares.
O Cardeal escreve: “No ano em que a Igreja no Brasil se alegra pela oportunidade única de valorizar a juventude e celebrar a sua vida, com a realização da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude, recebemos a chocante notícia da morte de mais de 230 jovens em Santa Maria, RS. A tristeza aumenta com a constatação de que a tragédia foi consequência de uma série de erros e omissões, certamente evitáveis, se tivessem sido observadas as normas de segurança prescritas. Em nome da Arquidiocese de São Paulo, apresento as mais sinceras condolências aos familiares e parentes das vítimas dessa dolorosa tragédia, fazendo votos de que as causas desse acidente sejam cuidadosamente apuradas e suas lições, aprendidas, para que no futuro, não aconteçam novas tragédias semelhantes em Santa Maria e em todo o Brasil”.
Também a Pastoral da Juventude Nacional publicou uma nota, manifestando profunda tristeza e dor com a notícia da tragédia. “Projetos de vida e sonhos foram interrompidos abruptamente pela fatalidade e pela falta de cuidado. Convocamos toda a sociedade brasileira a ser cuidadora da vida da juventude, promovendo ações pela vida, efetivando políticas públicas de juventude e garantindo os direitos dos jovens em nosso país.”

Já o Porta-Voz do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, publicou neste domingo uma declaração sobre as mortes no incêndio em Santa Maria.
“O Secretário-Geral ficou especialmente comovido com a notícia do grande número de jovens, incluindo estudantes universitários”, lê-se no texto.
O Secretário-Geral expressa suas condolências às famílias e amigos daqueles cujas vidas foram perdidas, bem como ao Governo e ao povo brasileiro, neste momento de luto nacional.(BF) 

De: news.va

domingo, 27 de janeiro de 2013

Mãos Ensanguentadas de Jesus

Mãos Ensanguentadas de Jesus

Suplicando o poder das Mãos Ensanguentadas de Jesus
Cura-me, Senhor Jesus
"Jesus, coloca Tuas Mãos benditas ensangüentadas, chagadas e abertas sobre mim neste
momento. Sinto-me completamente sem forças para prosseguir carregando as minhas
cruzes. Preciso que a força e o poder de Tuas Mãos, que suportaram a mais profunda dor ao
serem pregadas na Cruz reergam-me e curem-me agora. Jesus, não peço somente por mim,
mas também por todos aqueles que mais amo. Nós precisamos desesperadamente de cura
física e espiritual através do toque consolador de Tuas Mãos ensangüentadas e
infinitamente poderosas.
Eu reconheço, apesar de toda a minha limitação e da infinidade dos meus pecados, que és
Deus, Onipotente e Misericordioso para agir e realizar o impossível. Com fé e total
confiança posso dizer: "Mãos ensangüentadas de Jesus, Mãos feridas lá na Cruz! Vêm
tocar em mim. Vem, Senhor Jesus!"
Concluir cada dia, rezando um Pai Nosso e um Glória, em agradecimento às graças,

sábado, 19 de janeiro de 2013

Carta Apostólica - Ano da Fé 

Foi publicada a Carta Apostólica de Bento XVI referente ao "Ano da Fé", anunciado no domingo, 16 de outubro de 2011,  pelo Papa durante a Celebração Eucarísitca na Basílica Vaticana.
Dividida em quinze partes, a Carta apresenta as intenções pessoais do Sumo Pontífice, sem a interferência de nenhuma fonte interna ou externa.

"Partes da carta"

. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem a avés da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude» . Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado. Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.


 À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, com o objectivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca». Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar». As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus, para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.  

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os 10 mandamentos do casal


Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou "Os Dez Mandamentos do Casal". Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.
1. Nunca se irritar ao mesmo tempo. A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, tanto mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a
explosão chegue a acontecer. Dom Hélder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...". 

2. Nunca gritar um com o outro. A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, tanto menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro. Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra"; uma luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral", dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer de que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Muitas vezes, uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor. A outra parte tem de entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado. A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda as vezes em que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isso que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isso não ocorra nos momentos de discussão. Nessas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deverá ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta e tudo de mau pode acontecer em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "Guerra Fria", quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "A paz se impõe" somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade. Ora, se isso é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo:"Primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "Se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge. Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo. Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa. Muitos têm reservas enormes de ternura, mas se esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isso também com palavras. Especialmente para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-estar. Muitos homens têm dificuldade nesse ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "Eu te amo!"; "Você é muito importante para mim"; "Sem você eu não teria conseguido vencer este problema"; "A sua presença é importante para mim"; "Suas palavras me ajudam a viver"... Diga isso ao outro com toda sinceridade, todas as vezes em que experimentar o auxílio edificante dele.
9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas. Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam. É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar essa iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será não "pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes, será por um abraço carinhoso ou por uma palavra amiga.
Todos nós temos a necessidade de um "bode expiatório" quando algo adverso nos ocorre. Quase que inconscientemente queremos, como se diz, "pegar alguém para Cristo" a fim de desabafar as nossas mágoas e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida familiar. Quantas e quantas vezes acabam "pagando o pato" as pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Algumas vezes são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e cansado; outras vezes é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si. 

Temos que nos vigiar e policiar nessas horas para não permitir que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. E temos de tomar redobrada atenção com os familiares, pois, normalmente são eles que sofrem as consequências de nossos desatinos. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária, etc., mas, em casa, onde somos "familiares", o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos as paixões e o nervosismo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça. 

Os filhos, a esposa, o esposo, são aqueles que merecem o nosso primeiro amor e tudo de bom que trazemos no coração. Portanto, antes de entrarmos no recinto sagrado do lar, é preciso deixar lá fora as mágoas, os problemas e as tensões. Estas, até podem ser tratadas na família, buscando-se uma solução para os problemas, mas, com delicadeza, diálogo, fé e otimismo. É o amor dos esposos que gera o amor da família e que produz o "alimento" e o "oxigênio" mais importante para os filhos.
Na Encíclica Redemptor Hominis, o saudoso Papa João Paulo II afirma algo marcante: "O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente" (RH,10). Sem o amor a família nunca poderá atingir a sua identidade, isto é, ser uma comunidade de pessoas. 

O amor é mais forte do que a morte e é capaz de superar todos os obstáculos para construir o outro. Assim se expressa o autor do Cântico dos Cânticos: "O amor é forte como a morte... Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir." (Ct 8,6-7).

Há alguns casais que dizem que vão se separar porque acabou o amor entre eles. Será verdade? Seria mais coerente dizer que o "verdadeiro" amor não existiu entre eles. Não cresceu e não amadureceu; foi queimado pelo sol forte do egoísmo e sufocado pelo amor-próprio de cada um. Não seria mais coerente dizer: "Nós matamos o nosso amor?" 

O poeta cristão Paul Claudel resumiu, de maneira bela, a grandeza da vida do casal: "O amor verdadeiro é dom recíproco que dois seres felizes fazem livremente de si próprios, de tudo o que são e têm. Isto pareceu a Deus algo de tão grande que Ele o tornou sacramento."

"A vida não é feita para você matar, mas para amar", diz Dom João Braz de Avi"


Nós não podemos ceder a esse tipo de desvio que levaria a contrastar realmente com o sentimento mais puro de uma mãe', disse o cardeal Braz de Aviz

Vaticano, CNNotícias/RV - Após a aprovação, pelo Supremo Tribunal Federal, da descriminalização do aborto de bebês anencéfalos,
as manifestações a favor da vida continuam. O arcebispo emérito de Brasília e atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, fez um comentário sobre as mães dos bebês anencéfalos.

O cardeal destacou que o sentimento de uma mãe pelo seu filho é único. Ele mencionou a dor que a mãe sente ao saber que seu filho vai viver pouco (mas que vai viver um tempo), mas ressaltou que pode ser ainda maior a dor da mãe por não ter permitido que seu filho se desenvolvesse o quanto poderia.
“O amor que existe no coração de uma mãe é algo muito grande. Nós que confessamos mães que abortam, pais que abortam, sabemos que a situação depois do aborto é pior do que a anterior, porque a vida não é feita para você matar, a vida é feita para você amar”, disse o cardeal.

De acordo com Dom Aviz, embora esse amor materno seja tão grande, a sociedade se acostumou, em algumas classes e situações, a não querer se submeter a sacrifícios maiores que o amor exige.

“Neste sentido, a eliminação parece mais fácil. Eu acho que nós não podemos ceder a esse tipo de desvio que levaria a contrastar realmente com o sentimento mais puro de uma mãe”, enfatizou.

Abra – te à Restauração, neste novo ano que abrir – se - à


A família Abra – te à Restauração, deseja ardentemente que 2013 seja realmente um ano novo em sua vida.
Que seus sonhos se tornem realidade e acima de tudo que em sua vida haja um lugar especial para Deus.
Que Santa Mônica, presente no seu dia a dia, interceda incansavelmente por você junto ao grande Criador, pedindo por dias melhores nesse ano que se inicia.

O ANO NOVO E A FESTA DA MATERNIDADE DE NOSSA SENHORA.

Sempre que começa um ano novo, nós temos também criamos uma expectativa nova.
Queremos limpar as gavetas, acertar as contas, colocar tudo em dia, mas é preciso também acertar a nossa vida espiritual, acertar a nossa alma, começar uma vida nova, em Deus, deixando o pecado para trás, deixando para trás aquilo que não é de Deus, porque assim a gente começa a ter a paz, a alegria. Quem vive a virtude encontra a felicidade!
No 1° dia de janeiro a Igreja celebra a festa da maternidade de nossa Senhora. É uma festa dedicada a Santa Mãe de Deus, daquela que veio ao mundo para fazer a vontade, sendo em tudo exemplo para cada um nós. Que benção poder iniciar o ano com essa festa!

O que são as indulgências? 

Vaticano: Papa concede «indulgência plenária» no Ano da Fé

Intenção de Bento XVI foi anunciada pela Penitenciária Apostólica da Santa Sé (06/10/2012)

Cidade do Vaticano, 06 out 2012 (Ecclesia) - Bento XVI vai conceder "indulgência plenária"aos fiéis durante o Ano da Fé, a qual é válida a partir da data de abertura, 11 de outubro de 2012, até a data de encerramento, 24 de novembro de 2013.
O decreto, assinado pelo cardeal português D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, foi publicado pela Sala de Imprensa do Vaticano.
O Ano da Fé tem início no dia da celebração do 50º aniversário do Concílio Vaticano II e o Papa decretou um ano especialmente dedicado à profissão da verdadeira fé e à sua correta interpretação, através da leitura, ou da meditação piedosa dos Atos do Concílio e dos artigos do Catecismo da Igreja Católica".
O decreto apresenta que "todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, devidamente confessados, em comunhão sacramental, que rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice".
Acrescenta ainda que poderão receber indulgência plenária os que participarem em "pelo menos três momentos de pregação durante as Santas Missões, ou de pelo menos três palestras sobre os atos do concílio Vaticano II", os que "visitarem, na forma de peregrinação, qualquer basílica papal, uma catacumba cristã, uma catedral, um lugar sagrado designado pelo ordinário local para o Ano da Fé". 
Além disso podem ainda receber indulgência aqueles que, nos dias determinados pelo ordinário local para o Ano da Fé, "assistirem, em qualquer lugar sagrado, a uma celebração solene da eucaristia ou à liturgia das horas, acrescentando a profissão de fé" e num dia livremente escolhido deste ano renovarem as promessas do batismo em visita ao batistério.
Há ainda uma palavra aos fieis que, "devido a razões de doença ou por causa de graves motivos", não saem de casa mas podem alcançar a indulgência plenária de outras formas. 
A indulgência é definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º 1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada”, que o fiel obtém em “certas e determinadas condições pela ação da Igreja”

O que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica

X. AS INDULGÊNCIAS 

1471   A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos
efeitos do sacramento da Penitência.

QUE É A INDULGÊNCIA? 

“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já
perdoados   quanto   à   culpa,   (remissão)   que   o   fiel   bem-disposto   obtém,   em   condições determinadas,  pela  intervenção  da  Igreja  que,  como  dispensadora  da  redenção,  distribui  e
aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos.”
“A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial totalmente da pena devida
pelos pecados.” Todos os fiéis podem adquirir indulgências (...) para si mesmos ou aplicá-las aos
defuntos.  
AS PENAS DO PECADO
1472        Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o
pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e,
conseqüentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna”
do  pecado.  Por  outro  lado,  todo  pecado,  mesmo  venial,  acarreta  um  apego  prejudicial  às
criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado
“purgatório”.  Esta  purificação  liberta  da  chamada  “pena  temporal”  do  pecado.  Essas  duas
penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior,
mas,  antes,  como  uma  conseqüência  da  própria  natureza  do  pecado.  Uma  conversão  que
procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo
que não haja mais nenhuma pena.
1473          O  perdão  do  pecado  e  a  restauração  da  comunhão  com  Deus  implicam  a
remissão  das  penas  eternas  do  pecado.  Mas  permanecem  as  penas  temporais  do  pecado.
Suportando  pacientemente  os  sofrimentos  e  as  provas  de  todo  tipo  e,  chegada  a  hora,
enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como urna graça,
essas  penas  temporais  do  pecado;  deve  aplicar-se,  por  inicio  de  obras  de  misericórdia  e  de
caridade,  como  também  pela  oração  e  por  diversas  práticas  de  penitência,  a  despojar-se
completamente do “velho homem” para revestir-se do “homem novo”. 

OBTER A INDULGÊNCIA DE DEUS MEDIANTE A IGREJA 

1478     A indulgência se obtém de Deus mediante a Igreja, que, em virtude do poder de
ligar  e  desligar  que  Cristo  Jesus  lhe  concedeu,  intervém  em  favor  do  cristão,  abrindo-lhe  o
tesouro dos méritos de Cristo e dos santos para obter do Pai das misericórdias a remissão das
penas temporais devidas a seus pecados. Assim, a Igreja não só vem em auxílio do cristão, mas
também o incita a obras de piedade, de penitência e de caridade.
1479      Uma  vez  que  os  fiéis  defuntos  em  vias  de  purificação  também  são  membros  da
mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los entre outros modos, obtendo em favor deles
indulgências para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.  

 

Festa de Santa Maria, Mãe de Deus - 1º DE JANEIRO

Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. 

No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: "A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso". Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. 

No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.