Natal, o que se comemora?
O
Natal ou Dia de Natal é um feriado
comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países
eslavos e ortodoxos cujos calendários
eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia
7 de janeiro),
originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e adaptado pela Igreja
Católica no terceiro século d.C., para permitir a conversão dos
povos pagãos sob o domínio do Império
Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de
Nazaré. O Natal é o centro dos feriados de fim de ano e da temporada
de férias,
sendo, no Cristianismo, o marco inicial do Ciclo do
Natal que dura doze dias.
Embora
tradicionalmente seja um feriado cristão, o Natal é amplamente comemorado por
muitos não-cristãos, sendo que alguns de seus costumes populares e temas
comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos
típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões,
a Ceia de Natal,
músicas natalinas, festas de igreja, uma
refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de
Natal, pisca-piscas e guirlandas,
visco,
presépios
e ilex.
Além disso, o Papai Noel (conhecido como Pai Natal em Portugal)
é uma figura mitológica
popular em muitos países, associada com os presentes para crianças.
Como
a troca de presentes e muitos outros aspectos da festa de Natal envolvem um
aumento da atividade econômica entre cristãos e não cristãos, a festa tornou-se
um acontecimento significativo e um período chave de vendas para os varejistas
e para as empresas. O impacto econômico do Natal é um fator que tem crescido de
forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo.
Anúncio do anjo Gabriel e
nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus se deu por volta de dois
anos antes da morte do Rei Herodes, denominado "o Grande",
ou seja, considerando que este morreu em 4 AEC, então Jesus só pode
ter nascido em 6
AEC. Segundo a Bíblia, antes de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém até aos 2 anos,
de acordo com o tempo que apareceu a "estrela" aos magos.
(Mateus 2:1, 16-19 - Era seu desejo se livrar de um possível novo "rei dos
judeus").
Ainda, segundo a
Bíblia, antes do nascimento de Jesus, o imperador
Octávio César
Augusto decretou que todos os habitantes do Império fossem se
recensear, cada um à sua cidade natal. Isso obrigou José a viajar de Nazaré (na Galileia)
até Belém (na Judeia), a fim de registar-se com
Maria, sua esposa. Deste modo, fica claro que não seria um recenseamento para
fins tributários.
"Este
primeiro recenseamento" fora ordenado quando o cônsul Públio Sulplício
Quirín' "era governador [em grego:
hegemoneuo] da província romana da Síria." (Lucas 2,1-3 - O termo grego hegemoneuo
vertido por "governador", significa apenas "estar
liderando" ou "a cargo de". Pode referir-se a um
"governador territorial", "governador de província" ou
"governador militar". As evidências apontam que nessa ocasião,
Quiríno fosse um comandante militar em operações na província da Síria, sob as
ordens directas do Imperador.
Sabe-se que os
governadores da Província da Síria durante a parte final do governo do Rei
Herodes foram: Sentio Saturnino (de 9 AEC
a 6 AEC),
e o seu sucessor, foi Quintilio Varo. Quirínio só foi Governador da
Província da Síria, em 6 EC. O único recenseamento
relacionado a Quirínio, documentado fora dos Evangelhos, é o referido pelo
historiador judeu Flávio Josefo como tendo ocorrido no início do
seu governo (Antiguidades Judaicas, Vol. 18, Cap.
26). Obviamente, este recenseamento não era o "primeiro
recenseamento".
A viagem de Nazaré
a Belém - distância de uns 150 km - deveria ter sido muito cansativa para
Maria que estava em adiantado estado de gravidez. Enquanto estavam em Belém,
Maria teve o seu filho primogénito. Envolveu-o em faixas de panos e o deitou em
uma manjedoura, porque não havia lugar disponível para eles no alojamento [isto
é, não havia divisões disponíveis na casa que os hospedava; em gr. tô
kataluma, em lat. in deversorio]. Maria necessitava de um local
tranquilo e isolado para o parto (Lucas 2:4-8). Lucas diz que no dia do
nascimento de Jesus, os pastores estavam no campo guardando seus rebanhos
"durante as vigílias da noite". Os rebanhos saíam para os campos em
Março e recolhiam nos princípios de Novembro.
A vaca e o jumento
junto da manjedoura conforme representado nos presépios, resulta de uma
simbologia inspirada em Isaías 1:3 que diz: "O boi conhece o seu
possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não têm
conhecimento, o meu povo não entende". Não há nenhuma informação fidedigna
que prove que havia animais junto do recém-nascido Jesus. A menção de "um
boi e de um jumento na gruta" deve-se também a alguns Evangelhos Apócrifos.
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