Artigo do Padre José do Vale: Vários tipos de religioës
“A
religião é um veículo da fé – essa, sim, imprescindível para a
humanidade”, afirma o cientista americano Dr. Francis Collins.
“Nem
só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de
Deus” (Mt 4,4). Neste texto Nosso Senhor Jesus Cristo nos remete à
consideração de que os seres humanos não têm apenas de alimentar o
corpo físico. Há o clamor da alma, que não se contenta somente com o
pão; ou seja, com o alimento material. Existem perguntas que insistem
em atravessar os séculos em busca de respostas. É o lado espiritual do
homem reivindicando o seu espaço no tempo, em meio às diversas culturas
e sociedades. A história da religião acompanha a história da
sociedade. Onde estiver o ser humano, ai estará, igualmente, a
religião.
O sentido da vida e da morte está relacionado às indagações religiosas antigas que, em nossa época, se mostram influentes e vigorosas, ainda que se apresentem por meio de símbolos secularizados. Em verdade, a religião é constituída de símbolos utilizados pelos homens, mas os homens são diferentes e, consequentemente, seus mundos sagrados também, e, por conta disso, suas religiões são distintas. Os símbolos são variados: altares, rituais, promessas, santuários, comidas, perfumes, amuletos, colares, livros... E todos eles inspiram alguma forma de sagrado, um sagrado que não se reflete apenas nas coisas, mas também nos gestos, expressões e ações, como por exemplo, o silêncio, os olhares, as renúncias, as canções, as romarias, as procissões, as peregrinações, as curas, os milagres, os exorcismos, as celebrações, as adorações e, até mesmo, o suicídio. O renomado pensador irlandês Edmund Burke chegou a dizer que o homem, em sua constituição, é “um animal essencialmente religioso”.
O ser humano tem um desejo abissal pelas coisas espirituais. O seu ser é tremendamente religioso.
As formas de religiões mesclam-se em qualquer fé que queiramos considerar, e, geralmente, as religiões progridem de um tipo a outro ao longo de sua trajetória. Assim, os vários tipos de religiões alistados a seguir não são necessariamente contraditórios ou excludentes entre si. Vejamos:
O sentido da vida e da morte está relacionado às indagações religiosas antigas que, em nossa época, se mostram influentes e vigorosas, ainda que se apresentem por meio de símbolos secularizados. Em verdade, a religião é constituída de símbolos utilizados pelos homens, mas os homens são diferentes e, consequentemente, seus mundos sagrados também, e, por conta disso, suas religiões são distintas. Os símbolos são variados: altares, rituais, promessas, santuários, comidas, perfumes, amuletos, colares, livros... E todos eles inspiram alguma forma de sagrado, um sagrado que não se reflete apenas nas coisas, mas também nos gestos, expressões e ações, como por exemplo, o silêncio, os olhares, as renúncias, as canções, as romarias, as procissões, as peregrinações, as curas, os milagres, os exorcismos, as celebrações, as adorações e, até mesmo, o suicídio. O renomado pensador irlandês Edmund Burke chegou a dizer que o homem, em sua constituição, é “um animal essencialmente religioso”.
O ser humano tem um desejo abissal pelas coisas espirituais. O seu ser é tremendamente religioso.
As formas de religiões mesclam-se em qualquer fé que queiramos considerar, e, geralmente, as religiões progridem de um tipo a outro ao longo de sua trajetória. Assim, os vários tipos de religiões alistados a seguir não são necessariamente contraditórios ou excludentes entre si. Vejamos:
Religiões
animistas. Sistemas de crenças em que entidades naturais e objetos
inanimados são tidos como dotados de um principio vital impessoal ou
uma força sobrenatural que lhes confere vida e atividade.
Religiões
naturais. Pregam a manifestação de Deus na natureza, e, geralmente,
rejeitam a revelação divina e os livros sagrados. Segundo seu
pensamento, toda e qualquer revelação à parte da natureza não é digna
de confiança.
Religiões ritualistas. Enfatizam as cerimônias e os rituais por acreditar que estes agradariam as divindades. Tais ritos e encantamentos teriam poder de controlar os espíritos, levando-os a atuar para o bem ou mal das pessoas.
Religiões ritualistas. Enfatizam as cerimônias e os rituais por acreditar que estes agradariam as divindades. Tais ritos e encantamentos teriam poder de controlar os espíritos, levando-os a atuar para o bem ou mal das pessoas.
Religiões
místicas. São também revelatórias, porém, seus adeptos acreditam na
necessidade de contínuas experiências místicas como meio de informação e
crescimento espiritual. Os místicos regem a sua fé pela constante e
diligente busca da iluminação.
Religiões
revelatorias. Na verdade, seriam uma espécie de subcategoria das
religiões místicas. Este grupo de religiões fundamenta-se nas supostas
revelações da parte dos deuses, de Deus, do Espírito, ou de espíritos
desencarnados que compartilham mistérios que acabam cristalizados em
livros sagrados.
Religiões
sacramentalistas. São grupos que têm nos sacramentos meios de
transmissão da graça divina e da atuação do Espírito de Deus. Estas
religiões, geralmente, acreditam que o uso dos sacramentos por meios de
pessoas “desqualificadas” impede a atuação do Espírito de Deus. Os
sacramentos constituem-se em veículo para promoção do exclusivismo.
Religiões
legalistas. São construídas sob preceitos normativos, algum código
legal que deve governar todos os aspectos da vida de um indivíduo. Este
código é usualmente concebido como divinamente inspirado. O bem é
prometido aos obedientes e a punição aos desobedientes.
Religiões
racionais. Neste grupo, a razão recebe ênfase proeminente e a
filosofia é supervalorizada. A razão, segundo acreditam, seria algo tão
poderoso que nada mais se faria necessário além de seu cultivo bem
treinado e disciplinado.
Religiões
sacrificiais. Pregam a salvação por meio de sacrifícios apropriados. O
cristianismo é uma religião sacrificial, no sentido de que Jesus
Cristo é reputado como o autor do sacrifício supremo necessário á
salvação. A suprema palavra do Senhor declara: “E quase todas as
coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de
sangue não há remissão” (Hb 9,22).
Em sua famosa canção, “Imagine”, o famoso cantor e compositor John Lennon nos convida a imaginar um mundo ideal, sem coisas ruins (entre as quais ele destaca as religiões), propões um mundo em que as pessoas pudessem viver em paz e sugere a religião como fonte incentivadora das guerras.
Com certeza, não podemos negar que o abuso das atitudes religiosas produziu sangrentas guerras entre nós. Entretanto, temos de ponderar que as guerras não nasceram das convicções religiosas, mas, sim, do comportamento errado diante delas, o que é diferente.
Se os homens são tão cruéis com religião, o que seriam deles sem ela? O grande educador italiano e fundador dos salesianos São João Bosco afirmou: “A religião é o único conforto seguro entre as misérias as aflições desta vida”.
Em sua famosa canção, “Imagine”, o famoso cantor e compositor John Lennon nos convida a imaginar um mundo ideal, sem coisas ruins (entre as quais ele destaca as religiões), propões um mundo em que as pessoas pudessem viver em paz e sugere a religião como fonte incentivadora das guerras.
Com certeza, não podemos negar que o abuso das atitudes religiosas produziu sangrentas guerras entre nós. Entretanto, temos de ponderar que as guerras não nasceram das convicções religiosas, mas, sim, do comportamento errado diante delas, o que é diferente.
Se os homens são tão cruéis com religião, o que seriam deles sem ela? O grande educador italiano e fundador dos salesianos São João Bosco afirmou: “A religião é o único conforto seguro entre as misérias as aflições desta vida”.
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