O Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2012 é: “Refletir
sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável,
suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos
enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde” (p. 12 do
Texto-Base). Além do objetivo geral a Campanha da Fraternidade para
2012 apresenta seis objetivos específicos. Estes são: “a) Disseminar o
conceito de bem vier e sensibilizar para a prática de hábitos de vida
saudável; b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o
suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade; c) Alertar
para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades:
criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la
onde ela já existe; d) Difundir dados sobre a realidade da saúde no
Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos
sócio-culturais de nossa sociedade; e) despertar nas comunidades a
discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a
reivindicação do seu justo financiamento; e f) Qualificar a comunidade
para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos
recursos públicos com transparência, especialmente na saúde” (cf. p. 12
do Texto-Base da CF).
O texto base é dividido em três partes e uma conclusão olhando para o
futuro. A primeira parte é titulada “Fraternidade e a Saúde Pública” e
oferece um panorama atual da Saúde no Brasil. A primeira parte do
Texto-Base afirma que os temas da saúde e da doença exigem uma abordagem
ampla e sugere a proposta apresentada pelo “Guia para a Pastoral da
Saúde”, elaborada pela Conferência Episcopal Latino-Americano (CELAM). O
GPS depois de dizer que a saúde é afirmação da vida e um direito
fundamental que os Estados são obrigados a garantir, o referido
documento define saúde assim: “Saúde é um processo harmonioso de
bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência
de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que
Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se
encontre” (cf. p.15 do Texto-Base e Guia para a Pastoral da Saúde na
América Latina e no Caribe, CELAM, Centro Universitário São Camilo, São
Paulo, 2010, ns 6-7). A primeira parte do Texto-Base também nos brinde
com algumas tabelas e quadros interessantes mostrando: o melhoramento da
taxa de mortalidade infantil nos últimos anos, o crescimento da
população idosa, percentual de partos cesáreos, dados sobre obesidade,
hipertensão arterial que atinge 44.7 milhões de pessoas, estimativas
para várias formas de câncer e a evolução da freqüência de consumo
abusivo de bebida alcoólico etc. (cf. Texto-Base: ps. 21, 23, 24, 31,
33, 35 e 43).
A segunda parte é titulada “Que a Saúde se Difunda Sobre a Terra”.
Aborda doença no Antigo e Novo Testamento. Aborda Jesus curando os
doentes. Diz o Evangelho: “Jesus percorria toda a Galileia, ensinando
nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda
espécie de doença e enfermidade do povo” (cf. Mt 4, 23). O Texto
apresenta a parábola do bom samaritano como paradigma de cuidado. Trata
também do ” horizonte humano e teológico do sofrimento” e os enfermos no
seio da Igreja. Há também uma referência a Unção dos Enfermos, o
sacramento da cura.
A terceira parte ofereça “Indicações para a Ação Transformadora no
Mundo da Saúde”. Analisa a atual Pastoral da Saúde da Igreja e o papel
dos agentes da mesma. Uma área importante encontrada na terceira parte
do texto aborda a dignidade de viver e morrer. Trata com clareza de
problemas como: eutanásia, distanásia e ortotanásia. Cite o Código de
Ética Médica de 17 de setembro de 2009 e o pronunciamento do Santo Padre
Bento XVl sobre estes assuntos. Além das propostas de ação da Igreja
Católica na área de saúde, esta parte ofereça também “Propostas Gerais
para SUS”.
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