O poder do diálogo no matrimônio - "Dever de Sentar-se"
Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama.
A
última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in
Veritate”, de 29 de junho de 2009, apresenta uma proposta de vida, na
qual as pessoas devem viver a verdade. Esta verdade deverá ser
procurada, expressa e encontrada na caridade; e toda caridade precisa
ser compreendida, avaliada e praticada à luz da verdade. O Papa usa a
expressão “ágape” para falar de caridade e “logos” para dizer da
verdade. E afirma que da verdade (logos) sai a palavra dia-logos:
diálogo, comunicação, comunhão. A comunhão é fruto do diálogo.
No
matrimônio, o diálogo entre os cônjuges é a fonte para que o amor se
alimente, cresça e frutifique em obras na própria vida do casal e também
frutos de transformação da sociedade. A base do
diálogo é e será sempre a verdade, mas a forma de se dizer a verdade
precisa ser a caridade, com respeito à outra pessoa. Vemos muitos casais
em crises conjugais por causa da falta de diálogo, por não expressarem
livremente a sua opinião, causando sempre a depressão no outro, que se
sente sufocado por viver a partir da verdade do cônjuge, sem poder se
dizer. Eu diria até sem ser valorizado como pessoa. Por isso, o diálogo é
fundamental no matrimônio.
O que seria, então, o diálogo? Arrisco afirmar que a base é a escuta;
não o falar. Para se aprender a dialogar com os outros é preciso
aprender a ouvi-lo sem qualquer preconceito, sem querer corrigi-lo ou
interferir em sua fala. Toda pessoa precisa ser ouvida, precisa ter alguém que a escute e dê atenção às suas aspirações, sofrimentos, anseios diários... Enfim,
todos precisamos que alguém nos acolha com amor e nos escute por um
momento do dia. Acho este o ponto essencial no diálogo: um fala e o
outro escuta, depois o outro fala e o primeiro escuta. O fruto do
diálogo deverá ser o consenso, uma opinião comum.
Quando
tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se
comunicando com quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então,
interpretou a sua fala de forma errônea, distorcendo aquilo que ouviu e
reagindo de forma agressiva ou indeferente.
O
centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo.
Nele podemos encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a
importância do casal rezar juntos. Quem reza junto consegue conversar e
dialogar de forma madura, com respeito.Podemos até discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa.Separe e preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor.
A verdade dita sem amor torna-se
agressiva e não produz o efeito de ajuda para a melhora do outro. Se
aprendermos a viver o diálogo pela verdade, mas ajustado ao amor de
Deus, poderemos ser mais felizes no nosso matrimônio. Leia a Encíclica
do Papa Bento XVI.
Deus o abençoe!
Diácono Paulo Lourenço
Quando
tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se
comunicando com quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então,
interpretou a sua fala de forma errônea, distorcendo aquilo que ouviu e
reagindo de forma agressiva ou indeferente.
O
centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo.
Nele podemos encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a
importância do casal rezar juntos. Quem reza junto consegue conversar e
dialogar de forma madura, com respeito.Podemos até discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa.Separe e preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor.
A
verdade dita sem amor torna-se agressiva e não produz o efeito de ajuda
para a melhora do outro. Se aprendermos a viver o diálogo pela verdade,
mas ajustado ao amor de Deus, poderemos ser mais felizes no nosso
matrimônio. Leia a Encíclica do Papa Bento XVI.
Deus o abençoe!
Diácono Paulo Lourenço
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