CTV celebra 30 anos de criação com novos desafios
O Centro Televisivo do Vaticano
(CTV) celebra nesta segunda-feira, 22, seus 30 anos de existência. “Uma
história feita de imagens” com a necessidade de responder a dois
desafios, o tecnológico e a “renovação da linguagem”, afirma o diretor
da emissora, padre Dario Edoardo Viganò.
Instituído no dia 22 de
outubro de 1983, por João Paulo II, o CTV constitui “uma ocasião para
refletir sobre a dinâmica complexa que caracteriza o uso do meio
televisivo como instrumento narrativo ao serviço das palavras e dos
gestos do Pontífice”, explica padre Viganò.
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Para
o responsável, existem dois níveis de “discurso, distintos e
relacionados”: “a comunicação do Papa, o seu modo de se expressar,
dialogar e de se encontrar com as pessoas, por outro, a comunicação
sobre a sua figura e a sua mensagem”, escreve no jornal ‘L’Osservatore
Romano’.
Hoje, têm o desafio responder à inovação tecnológica, e
os últimos meses foram “caraterizados” por um investimento nesta área, e
“à renovação a nível da linguagem, em função daquela que se poderia
definir uma renovada estética da transmissão ao vivo”, adianta o
diretor.
O CTV “empreendeu”, desde julho, um processo que vai
permitir consultar de forma progressiva o material “quer aos agentes
internos quer a quem tenciona visionar os documentos disponíveis no
arquivo” a partir de 2014.
Quanto à “renovação a nível da
linguagem”, o padre Dario Edoardo Viganò explica que o CTV “tenciona
reconsiderar as formas da narração televisiva” aproximando-se dos meios e
do que é utilizado no cinema com a “multiplicação dos pontos de
filmagem, uso frequente da lente grande-angular” e “filmagens muito
aproximadas testemunham um projeto estratégico que influencia as
escolhas da direção em função de uma representação renovada do real”.
O
diretor destaca o ao vivo do último conclave, que elegeu o Papa
Francisco, no dia 13 de março de 2013, como “uma mudança significativa”
na função estratégica da televisão e recorda “o uso persistente da lente
grande-angular, em formato cinematográfico, ou os enquadramentos das
câmaras colocadas atrás dos fiéis” que simulam uma proximidade entre os
presentes e o Papa, ocultando o espaço que os separa.
Desde esta
data, as escolhas das direções do CTV constroem “um efeito de inclusão
máxima do espetador, exatamente para estar ao serviço do desejo de
proximidade do Papa”.
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