Mundo precisa de novos evangelizadores, afirma Papa
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 18 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – Milhares de pessoas em festa acolheram o Papa Bento XVI na Sala Paulo VI, durante o primeiro encontro promovido pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, no último sábado, com o tema “Novos evangelizadores para a nova evangelização: a Palavra de Deus cresce e se multiplica” (At 12,24).
Às 18h30, o papa entrou na sala em meio à ovação dos presentes, que agitavam bandeiras das suas comunidades. O pontífice, visivelmente contente, se dirigiu a todos os envolvidos “na difícil tarefa da nova evangelização” e destacou que o tema do encontro provém da afirmação do evangelista Lucas nos Atos dos Apóstolos: “A Palavra de Deus crescia e se multiplicava”.
“Vocês mudaram o tempo dos dois verbos para evidenciar um aspecto importante da fé: a certeza consciente de que a Palavra de Deus está sempre viva, em todos os momentos da história, até os nossos dias, porque a Igreja a atualiza através da sua fiel transmissão, a celebração dos Sacramentos e o testemunho dos que crêem”.
Três motivos
“Apesar desta condição do homem contemporâneo, podemos afirmar com
certeza, como nos começos do cristianismo, que a Palavra de Deus
continua crescendo e se difundindo”, reconheceu. “Por quê? Queria
destacar pelo menos três motivos”.
Em primeiro lugar, “a força da Palavra não depende da nossa ação, dos
nossos meios, do nosso fazer, mas de Deus, que esconde o seu poder sob
os sinais da fragilidade”.
“O segundo motivo é que a semente da Palavra, como narra a parábola
evangélica do semeador, cai também hoje num terreno bom, que a acolhe e
dá fruto. E os novos evangelizadores fazem parte desse campo que permite
ao Evangelho crescer em abundância e transformar a própria vida e a dos
outros”.
“O terceiro motivo é que o anúncio do Evangelho chegou de verdade aos
confins do mundo e, mesmo em meio à indiferença, à incompreensão e à
perseguição, muitos continuam, ainda hoje, com valentia, abrindo o
coração e a mente para acolher o convite de Cristo a encontrá-lo e virar
seus discípulos. Eles não fazem barulho, mas são como o grão de
mostarda”.
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O pontífice vê “esperança no incessante fermento missionário que
anima a Igreja”, mas também pede “um renovado senso de responsabilidade
com a Palavra de Deus e a difusão do Evangelho”.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização,
instituído por Bento XVI em setembro de 2010, “é um instrumento precioso
para identificar as grandes questões dos diversos setores da sociedade e
da cultura contemporânea. Esse dicastério deve oferecer uma ajuda
particular à Igreja na sua missão, ainda mais nos países de antiga
tradição cristã, que parecem indiferentes, quando não hostis à Palavra
de Deus”.
“O mundo de hoje precisa de gente que anuncie que Cristo nos ensina a
arte de viver, o caminho da verdadeira felicidade, porque é Ele mesmo o
caminho da vida; pessoas que olhem fixamente para Jesus, o Filho de
Deus. A palavra do anúncio deve ter uma relação intensa com Ele, numa
intensa vida de oração.”
“Tenho certeza de que os novos evangelizadores se multiplicarão cada
vez mais para dar vida à verdadeira transformação de que o mundo atual
precisa. Só através dos homens e das mulheres impregnados da presença de
Deus é que a Palavra de Deus continuará o seu caminho no mundo dando
frutos.”
“Sejam sinais de esperança, capazes de olhar para o futuro com a
segurança do Senhor, que venceu a morte e nos deu a vida eterna.
Comuniquem a todos a alegria da fé com o entusiasmo que provém do
Espírito Santo, porque Ele torna novas todas as coisas.”
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