Quando
vamos pela rua e vemos um anúncio de emprego dizendo: “Precisa-se de
engenheiro”, a primeira coisa que faz este anúncio é excluir todas
aquelas pessoas que não são engenheiros. Por exemplo: Uma pessoa que
nunca estudou não poderá desejar a este emprego, terá que se contentar
com outro tipo de trabalho, mas não o de engenheiro. Não podemos dizer:
“Eu não estudei para engenheiro, mas posso aprender?”. Para ser
engenheiro devemos conhecer as técnicas, livros de engenharia, conhecer
algumas fórmulas e um pouco de experiência. Para completar tem a parte
mais difícil, muito sacrifício e estudos para ser um excelente
engenheiro. Depois de muitos anos de esforço, receber o diploma de uma
universidade autorizada pelo governo. Por fim podemos ser chamados de
engenheiro e até praticar a profissão. Tudo o que vale a pena na nossa
vida, requer esforço, dedicação, sacrifício e porque não umas boas
lágrimas.
O exemplo que usei para
falar do esforço de um universitário, até ter a honra de levar o nome
de engenheiro, serve para tentar explicar, que não basta só dizer que é
católico. É necessário mostrar com a vida, defendendo as convicções e
os ensinamentos da Igreja católica para levar este nome. Quantos
verdadeiramente são católicos? Ser católicos implica estar em
sintonia com a doutrina e o magistério da Igreja, com o Colégio
Cardinalício em comunhão com o Santo Padre.
Como
podemos dizer que somos verdadeiros católicos se nos falta o básico?
Da mesma forma que não podemos chamar uma pessoa de engenheiro, sem que
tenha o seu diploma e saiba um mínimo, do mesmo modo, não podemos
chamar de católicos aqueles que desconhecem a doutrina da Igreja ou
que, apóiem leis e modos de pensar incompatíveis com a Igreja Católica.
O Brasil, sendo o país com maior número de católicos no mundo, deixa
muito a desejar. As leis que estão sendo aprovadas cada vez mais nos
levam a pensar num país acatólico. Como pensar num país onde a maioria
se diz católica e não obstante uma minoria impõe suas leis contra a vida humana, contra a dignidade das crianças indefesas, contra os ensinamentos da Igreja?
A
Igreja fiel à sua missão de defender a natureza humana, criada e amada
por Deus. Nos dias de hoje, recebe ataques não só daqueles que não
pertence ao seu redil, como também é atacada pelos que se dizem ser
seus filhos.
Para ser católicos
não basta uma fé recebida dos antepassados e não vivida. É necessário
ser assimilada, totalmente, o que nos agrada e às vezes também o que
nos desagrada. Explicar o porquê de ser católico, só porque é
tradição na família não é suficiente para viver um catolicismo
integral, ou seja, vivido até suas ultimas conseqüências.
Diante
da pergunta: Por que nos encontramos com um catolicismo morno? Podemos
responder dizendo: porque os católicos assumiram um nome e não um
estilo de vida. Um jovem que recebe um diploma de engenharia deve
buscar desempenhar uma atividade própria da sua profissão, para que
outras pessoas vejam que efetivamente ele é um engenheiro, porque senão
pode até ser que ele tenha tirado boas notas na faculdade, mas se não
atuar o aprendido, é inútil seu diploma. Da mesma forma, se um católico não atua sua fé católica, é inútil dizer que é católico.
Hoje em dia muitas pessoas dizem ser católicas não praticantes,
depois, surgem os escândalos e o nome da Igreja Católica é difamado,
por aqueles que se dizem ser, mas não são.
Por
que hoje em dia, encontramos no Brasil, pessoas que votam em partidos
que se não são anti-clericais, pelo menos rejeitam, abertamente a
intervenção da Igreja em defender a vida, desde a concepção, até sua
morte natural? Muitos militantes da cultura da morte estão trabalhando
em todos os meios de comunicações possíveis, aproveitando a falta de
identidade da maioria dos católicos de hoje. Católicos de nome, só que ainda não assumiram completamente a responsabilidade de serem verdadeiros católicos.
Diante
desta constatação, quero propor algo prático para seguir crescendo
nesta identificação plena para ser um verdadeiro católico. Primeiro,
intensificar a união com Cristo, que se dá por meio da oração. A pessoa
que realmente ora, reconhece esta graça de ser católico e transmite
aos demais esta luz que irradia de um católico verdadeiro. Em segundo
lugar, buscar conhecer mais sobre o Papa, sobre os ensinamentos que ele
transmite nos seus escritos. É triste constatar que a única informação
que muitos católicos têm do Papa, o é por meio dos jornais ou
emissoras anti-católicas, ou por críticas de pessoas que escutaram de
terceiros, sobre o Vaticano, sobre a Hierarquia, etc.
É um direito de vocês exigirem que os padres ou ministros os instruam no conhecimento da nossa Igreja.
A fé nos ajuda a ver na sua pessoa a voz do próprio Cristo e do
Espírito Santo, só que devemos saber o que pronunciou esta voz, para que
a coloquemos em pratica.
Um
católico não pode ser indiferente ou ignorar, temas controvertidos que
são motivos de polêmica e acusações por parte das seitas e dos que não crêem, por exemplo: as imagens, a Virgem Maria, o aborto, eutanásia.
Todos estes temas, diariamente são jogados na cara dos católicos e se
estas seitas ou ateus vêem que não existe uma posição clara, teima em
por a fé desta pessoa entre parentes, buscando uma forma de colocar-la
em duvida. Buscar uma ampla cultura religiosa é dever de cada católico.
Não podemos por desculpa do pouco conhecimento da própria fé acusar ou
atacar a Igreja Católica ou a sua hierarquia. A Igreja é você. Sou eu.
Somos nós. Não um grupo reduzido de pessoas, como os padres, as
freiras, os seminaristas, estes são uma parte, importantes na
transmissão e no ensinamento da palavra de Deus, dos sacramentos. Só
que se não existe católicos convencidos, comprometidos no batismo, que
amem Cristo e a Igreja. Não se pode combater o inimigo, ou seja, o
próprio satanás, que busca perder todas as almas, levando-as à
perdição.
Somos Igreja e devemos
edificar esta Igreja com nossa vida, nosso testemunho. Se cada católico
tivesse a preocupação de se formar e transmitir esta formação aos seus
familiares, amigos parentes, hoje talvez o mundo fosse melhor. A fé
vivida até as suas últimas conseqüências, seria como dizia João Paulo
II, “O momento da Civilização do Amor”.
No
meio de tantas necessidades que tem o mundo de hoje, nada é mais
importante que ter uma Igreja Católica totalmente unida e cheia de
católicos integrais. Deus queira que possamos tirar o anuncio que leva
anos posto na nossa religião: “Precisa-se de Católicos convencidos”.
Seminarista Carlos Pereira,L.C
cpereira@legionaries.org
04/06/2009 - Roma
cpereira@legionaries.org
04/06/2009 - Roma
www.rainhamaria.com.br
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